Proibido para menores


Apesar de hoje em dia até em propaganda de margarina conseguirem botar sensualidade, aconselho que os “mininos” e “mininas” com menos de 18 anos não sigam neste post. (Que bobagem isso, né? Mas achei melhor fazer).
  
“Quando a gente se beija nesses verões emocionais, nesse vulcão de desejos, nessas tormentas tropicais”
A condição física de um casal não interfere na intensidade de sua atração. O tesão tem uma linguagem própria que independe de formas físicas. Cadeirante com cadeirante, muletante com cego, surdos com PCs... gente que se considera “normal” permeando a todos desse mundo...paralelo.

“Eu te imagino, eu te conserto. Eu faço a cena que eu quiser. Eu tiro a roupa pra você, minha maior ficção de amor”
Não tenha receio de se relacionar com quem cujo aspecto físico te aparenta novidade ou estranhamento. A capacidade humana de se reinventar diante de uma suposta limitação física surpreende e pode ser, por que não dizer, deveras excitante.
Reveja seus valores diante do que é óbvio e deixe que o momento grite mais forte que conceitos preestabelecidos de imagens, de padrões corporais, do comum.

Seja eu, seja eu. Deixa que eu seja eu e aceita o que seja seu. Então deita e aceita eu. Molha eu, seca eu, deixa que eu seja o céu”
Mas quando você se aceita e se impõe exatamente como você, imediatamente sua estima ganha terreno e a conquista, seja de quem for, flui com mais facilidade.

“Eu quero é derrapar nas curvas do seu corpo. Surpreender seus movimentos, virar o jogo. Quero beber o que dele escorre pela pele e nunca mais esfriar minha febre”


Os “matrixianos” precisam valorizar seu corpo tenha ele a forma que tiver. Quando a gente se conhece bem sabe “atacar” com o nosso melhor na hora de despertar prazer, desejos. Às vezes, um momento de estase pode ser provocado com a ponta de um dedo, com o toque da língua, com a temperatura do peito, com um olhar aterrador.

“Não me venha falar da malícia de toda mulher. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”


O sexo não está ausente da vida de um deficiente. Muito pelo contrário: as zonas erógenas se multiplicam quando o seu foco não é apenas um órgão do corpo.

“Deixa eu te levar. Não há razão e nem motivo pra explicar que eu te completo e que você vai me bastar. Tô bem certo de que você vai gostar, você vai gostar”

 Aproveite sua vida. Ame, se apaixone. Tente se libertar de uma condição de “limitado” que o outro coloca em você ou fuja do lugar comum que o diferente não tem um ótimo sabor. Todo mundo, a sua maneira, pode ser sensual, sedutor e envolvente.
Não é uma cadeira de rodas, uma bengala ou uma prótese que te fará menos desejado que ninguém ou não será você todo “completinho” impedido de se amarrar em alguém que pode te levar por caminhos.. impublicáveis.

Os ensaios inéditos e formidáveis são da “top celebridade” deste diário, a fotógrafa Kica de Castro (kicadecastro@gmail.com), a quem eu agradeço demais por ter captado com perfeição a ideia do post
Os modelos:
Diego Madeira e Carina Queiroz (ambos cadeirantes). Fotos 1 e 6
Eduardo José, o Dudé, e Rita Borcath (ela não deficiente). Fotos 2 e 4
 Marcio Toscanini e Letícia Lucas (ele não deficiente). Fotos 3 e 5
Escrito por Jairo Marques às 01h07

Comentários

Postagens mais visitadas