De acordo com o último Censo, estima-se que 46 milhões de brasileiros possuem alguma deficiência física ou mental, ou seja, aproximadamente 24% de toda a população do país. Dependência, preconceito, limitações, são palavras comuns na vida de muitos deles, mas essa é uma percepção que deve ser mudada pela sociedade.
Tão ou até mais importante que qualquer outra atividade rotineira deles, o exercício físico contribui com o desenvolvimento de muitas habilidades, além de influenciar diretamente em uma vida social mais ativa para eles. Como alguns esportes possuem particularidades que limitam a participação dependendo da deficiência de cada um, uma técnica ainda pouco explorada, mas que já está sendo difundida para o tratamento emocional e físico dos deficientes é o Pilates.

Responsável por desenvolver as capacidades motoras e conscientização corporal, o Pilates fortalece e alonga os músculos fracos, aumenta a mobilidade das articulações, controla a respiração, influenciando diretamente também no controle emocional dos adeptos a prática. Ao praticar alguma atividade física ou esportiva, indivíduos com deficiências podem, assim como as pessoas sem deficiências, aprimorar sua condição física e sua saúde.
Segundo Priscila Guimarães, proprietária da Santo Corpo e especialista na modalidade,  não existem restrições para a prática do pilates em nenhum nível de deficiência. “Os exercícios melhoram as funções do aparelho circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor, entre outras e pode ser adaptado para a necessidade deles”, explica Prisicila.
Para atingir resultados satisfatórios é necessário que um profissional especializado acompanhe de perto e monte treinos diferenciados, uma vez que os deficientes precisam exercícios mais dinâmicos e lúdicos para que mantenham sua mente focada na atividade.
“As aulas são lúdicas, divertem o praticante, fogem da monotonia e o paciente se sente desafiado e motivado. Eles percebem que são capazes de realizar habilidades que julgavam impossíveis. Ao realizar destrezas motoras, pessoas com deficiências recuperam sua confiança e autoestima perdida”, finalizou Prisicila.

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