Cadeirantes relatam problemas com rampas em ônibus coletivos de Araxá

'Rampa me derrubou e eu cheguei a deitar na rua', diz empresário.
Segundo gerente de Operações, número de ônibus adaptado têm crescido.




cadeirante rampa deficiente ônibus coletivo Araxá MG (Foto: Reprodução/TV Integração)Em alguns casos, rampa não funciona direito,
diz cadeirante (Foto: Reprodução/TV Integração)
Usar as rampas dos ônibus de transporte coletivo tem sido um transtorno para o empresário de Araxá, no Alto Paranaíba, Mário Antônio Vilaça. Segundo ele, os veículos apresentam problemas constantemente e não teve como evitar um acidente na descida de um deles. “Assim que eu desci do elevador, não vi que havia um buraco na calçada. A rampa me derrubou e eu cheguei a deitar na rua”, contou. A empresa que tem a concessão do serviço de transporte público na cidade informou que apenas os ônibus de sete linhas não oferecem veículos adaptados e que a frota adaptada está crescendo.
Os problemas, segundo os usuários, não se restringem a estrutura. O vendedor Yudiro Bittencourt depende do transporte público quatro vezes ao dia. De acordo com ele, sua rotina é esperar o ônibus chegar e torcer para não ter surpresas. “Tem dia que até consigo chegar mais rápido nos locais. Mas em algumas semanas a linha adaptada ficou sem passar”, revelou.
Ainda segundo o vendedor, não é sempre que ele consegue embarcar no coletivo sem ter dificuldades na hora do desembarque. “Têm dois ônibus que eu pego que estão com problema. Quando você coloca a cadeira no elevador, ele desce com tudo”, acrescentou Yudiro

A diretora da Fundação de Assistência a Pessoa com Deficiência (Fada), Maria da Conceição Aguiar Santos, alegou que quem tem outras limitações também não consegue fazer o uso da rampa. “Temos pessoas doentes ou que estão machucadas e sentem dores, que têm dificuldades de locomoção e poderiam também usar essa rampa”, informou.
Segundo o gerente de Operações, Flávio Rodrigues de Morais, o número de ônibus adaptados tem crescido. Os equipamentos passam por revisão diária e não podem ser usados por pessoas com outras limitações. “A rampa é exclusiva do cadeirante. Os motoristas passam por treinamentos, quando ele é instruído dos cuidados que ele deve ter com essas pessoas e com a rampa”, explicou.
Mas a diretora da Fada discorda dessa medida. “É uma obrigação e um direito das pessoas com deficiência ter esse serviço com qualidade igual qualquer outro cidadão”, disse Maria da Conceição.
O gerente de Operações ainda explicou sobre os não cadeirantes, que o embarque deles deve ser feito pela porta dianteira, porque há nos ônibus lugares demarcados para pessoas com dificuldades de locomoção. A empresa informou que dentro do projeto de ampliação, mais três linhas contam com ônibus adaptados.

Fonte: g1

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