Estudante vacinada contra vírus da gripe-A H1-N1 fica tetraplégica

Estudante vacinada contra vírus da gripe-A H1-N1 fica tetraplégica

Médico neurologista Clóvis Bachour, do São Bernardo Apart Hospital de Colatina, no Espírito Santo, divulgaram nesse dia 12/07, o laudo médico concludente descrevendo a realidade ocorrida com a acadêmica de Direito da Universidade Pitágoras de Teixeira de Freitas, Rivana Ribeiro, 31 anos, que perdeu os movimentos das pernas e braços ao tentar se imunizar com a vacina de combate ao vírus da gripe-A H1-N1, no dia 12 de maio de 2010, em Teixeira de Freitas.
Os especialistas disseram que o caso acontecido com a acadêmica foi uma lamentável ocorrência, esclarecendo que o seu organismo não aceitou a vacina que uma vez injetada, lhe desenvolveu um vírus que resultou numa lesão medular com perda de controle e sensibilidade dos membros inferiores. A sorte de Rivana Ribeiro foi o socorro a tempo por parte de sua família e graças ao plano de saúde do seu esposo que é analista de logística da Suzano Papel e Celulose, já que este cobriu toda a assistência necessária e o tratamento imediato, não permitiu que a doença tivesse tempo de atingir o diafragma de Rivana, que uma vez alcançado poderia deixar a moça paraplégica ou tetraplégica, ou até mesmo, levá-la à morte.
Os médicos especialistas de Colatina disseram que a vacina desenvolveu em Rivana Ribeiro, um vírus conhecido por síndrome de Guillain-Barré ou polirradiculoneurite aguda que é uma doença desmielinizante caracterizada por uma inflamação aguda com perda da mielina (membrana de lipídeos e proteína que envolve os nervos e facilita a transmissão do estímulo nervoso) dos nervos periféricos e às vezes de raízes nervosas proximais e de nervos cranianos (nervos que emergem de uma parte do cérebro chamada tronco cerebral e suprem às funções específicas da cabeça, região do pescoço e vísceras). A doença desenvolve de baixo para cima, a partir dos pés e quando atinge o núcleo respiratório da pessoa, pode matar o paciente em até 72 horas a partir da sua manifestação.
Entenda o Caso
A acadêmica de Direito da Universidade Pitágoras, Rivana Ribeiro, têm 31 anos, é casada com o bacharel em Direito João Batista Ribeiro, analista de logística da multinacional Suzano Papel e Celulose, em Mucuri. Mora na Rua Lafaiete Coutinho nº 385, bairro Nova América, zona leste de Teixeira de Freitas. Mãe de três filhos, uma adolescente de 15 anos, um garotinho de 10 anos e uma bebê de 2 anos e 8 meses.
Rivana recebeu a equipe do Teixeira News em sua casa. Ela se recupera bem, graças aos tratamentos com base na medicação exclusiva de imunoglobulina humana e sessões intensas de fisioterapias. A estudante nos conta que antes de se vacinar foi três vezes ao Posto de Saúde para tentar se imunizar com a vacina de combate ao vírus da gripe-A H1-N1, popularmente conhecida como suína e desistiu em tomá-la. Mas na quarta vez, na quarta-feira do último dia 12 de maio, resolveu submeter à vacina e tão logo foi vacinada começou a sentir uma moléstia com fortes dores de cabeça e dormência completa nos músculos dos braços.
Na sexta-feira, dia 14 de maio, Rivana Ribeiro foi internada às pressas no Hospital São Paulo em Teixeira de Freitas, já não mais sentindo as pernas. Na terça-feira, dia 18 de maio, Rivana já com toda parte inferior do corpo e os braços adormecidos, foi encaminhada para o São Bernardo Apart Hospital em Colatina no Espírito Santo, unidade especializada em observações minuciosas neurológicas e recuperação do equilíbrio físico. Onde a acadêmica ficou internada 6 dias na Unidade de Terapia Intensiva – UTI, e outros 6 dias em leito observatório.
O prefeito de Teixeira de Freitas, Padre Apparecido Rodrigues Staut (PSDB), veio saber do problema ocorrido com a habitante teixeirense, um mês após o episódio, em 17 de junho, e se aborreceu com sua equipe quando soube da notícia por meio da imprensa durante uma entrevista coletiva que concedia na implantação do Hemoba da cidade. Muito embora, a Secretaria de Saúde de Colatina já houvesse notificado em 19 de maio à Secretaria Municipal de Saúde de Teixeira de Freitas para identificar o lote da vacina tomada por Rivana e retirá-lo imediatamente do mercado. Ao tomar conhecimento do episódio, o Padre Apparecido determinou a sua equipe que oferecesse toda a assistência necessária à moça e prometeu acompanhar o problema com todo zelo possível, mesmo considerando o fato como uma fatalidade e de raro acontecimento na história da medicina.
Contudo, na época o município já não tinha muito o que fazer, porque o Plano de Saúde do esposo da estudante já havia coberto todo o seu tratamento, salvando sua vida. E até hoje, Rivana continua seu tratamento fisioterápico na FISIOCLIN em Teixeira de Freitas, também coberto pelo seu Plano de Saúde. No entanto, o município passou a lhe acompanhar através dos profissionais do Centro de Reabilitação Mãe Maria, onde ela também se submete a um tratamento fisioterápico semanal para sua recuperação. O progresso de Rivana Ribeiro tem sido de alto avanço e atualmente ela só tem utilizado a cadeira de rodas para sair à rua, porque dentro de casa, mesmo com dificuldades ela tem se locomovido sem a ajuda de outras pessoas e sozinha vem também, praticado sua higiene pessoal, como escovar dente, pentear cabelos e até tomar banho.
Esta reação provocada pela vacina de combate ao vírus da gripe-A H1-N1, acontece somente em uma pessoa a cada 10 milhões de vacinados no planeta, a qual ainda não é totalmente compreendida pela comunidade científica. Quando o organismo não aceita a vacina uma vez injetada, lhe desenvolve um vírus da síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica rara, que resulta numa lesão medular com perda de controle e sensibilidade nos membros inferiores. Tanto que no mundo só foram registrados cinco casos até agora nos 4 meses de existência da vacina, uma jovem na França, um homem no Rio de Janeiro, outra moça em Vitória, a quarta na cidade de Teixeira de Freitas e o jovem Marcelo Geraldo da Silva, 26 anos, morreu totalmente paralisado em Londrina no Paraná, após tomar a dose da vacina.  
A vacina que está sendo usada em todo o mundo contra a gripe-A, não foi aprovada pelos Estados Unidos por conter substâncias na sua composição que podem alegadamente causar danos à saúde dos que a tomam. Em Portugal, membros dos grupos prioritários recusaram a vacinação, designadamente políticos e a classe médica. Na Fraca a nação resiste em tomar a vacina da Gripe-A, porque enfrenta desconfiança dos médicos e da população, deixando o governo com um estoque de quase 90 milhões de doses nas prateleiras.
Por Athylla Borborema  
Fonte: Teixeira News

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