"Estar em Brasília foi fundamental", diz presidente do Sarah, Lúcia Braga


"Estar em Brasília foi fundamental", diz presidente do Sarah, Lúcia Braga Com o tratamento que inclui a participação dos familiares, a gaúcha Lucinha provou que sensibilidade e respeito fazem diferença na recuperação de lesões graves

Adriana Bernardes
Publicação: 02/06/2013 07:56 Atualização:


Lúcia Braga (C), com o médico Aloysio Campos da Paz Jr., fundador da Rede Sarah de Hospitais: o principal mentor da hoje presidente do grupo (Sarah Letras/Divulgação)
Lúcia Braga (C), com o médico Aloysio Campos da Paz Jr., fundador da Rede Sarah de Hospitais: o principal mentor da hoje presidente do grupo

A mulher loira e de olhos claros tem sorriso fácil e suavidade na voz. A conversa com ela é ao mesmo tempo densa e leve. Ao longo dos últimos 30 anos, a doutora de jaleco branco incorpora títulos ao currículo. De mestre a doutora honoris causa pela Universidade de Reims, em Champagne, na França, a neurocientista Lúcia Willadino Braga tem uma carreira sólida e é respeitada perante as comunidades médicas nacional e internacional. Lucinha, como é conhecida, preside a Rede Sarah de Hospitais, criada em 1968 pelo renomado ortopedista Aloysio Campos da Paz Júnior, hoje cirurgião-chefe da instituição.

A sensibilidade e o respeito aos pacientes abriram os caminhos para a jovem formada em psicologia, mestre em educação, doutora em neuropsicologia e pós-doutora em neurociências. Nascida em Porto Alegre, Lúcia Braga mudou-se com os pais para Brasília quando eles foram aprovados em um concurso público. Passou a juventude aqui. Viu a cidade nascida no meio do nada transformar-se na capital do país. Viu o primeiro cinema ser inaugurado. Assistiu à abertura dos primeiros comércios.

E isso, segundo ela própria, fez a diferença em sua vida profissional. “Era tudo novo. Tínhamos liberdade para criar o que quiséssemos. Havia uma diversidade cultural enorme. Não tínhamos compromisso para manter a ordem estabelecida, porque tudo aqui precisava e podia ser construído”, diz. Imbuída desse espírito, Lucinha transformou e transforma, diariamente, a vida de centenas de pacientes com as mais diferentes lesões cerebrais. O tratamento desenvolvido dentro dos hospitais da Rede Sarah é, segundo ela, resultado da ousadia dos profissionais e tem relação direta com a vocação transformadora de Brasília.



Fonte: Correio Brasiliense

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