Pernas Biônicas
Nickolas Marcon - quarta-feira, 25 de agosto de 2010 - 08:59

A empresa Rex Bionics, sediada na Nova Zelândia, inventou um dispositivo chamado Rex Robotic Exoskeleton (Rex para os íntimos). Trata-se de uma máquina que “veste” a pessoa com duas pernas biônicas de controle robótico, permitindo ao usuário ficar em pé, andar, girar e até mesmo subir escadas. O dispositivo tem sensores para se manter sempre equilibrado na vertical, sustentando a postura ereta do usuário. Através de um joystick na mão direita, a pessoa pode controlar os movimentos feitos pela máquina: caminhar para frente, para trás, de lado, subir degraus etc.
A intenção do Rex não é substituir a cadeira-de-rodas, mesmo porque sua velocidade de marcha ainda é lenta. A ideia é ser um complemento a ela, algo que permita ao usuário desfrutar da liberdade de fazer as coisas em pé. A cadeira continuará sendo necessária para deslocamentos maiores.
O candidato a andarilho deve ter entre 1,46 m e 1,95 m de altura, pesar até 100 kg e ter no máximo 38 cm de largura nos quadris. Deve ser apto a fazer transferências de forma independente, ter capacidade de operar comandos manuais e não ter contraindicações para ficar em pé ou andar. Os usuários mais comuns são lesados medulares, mas o Rex também pode ser usado por pessoas com distrofia muscular. A foto e os vídeos abaixo mostram o aparelho sendo usado por um rapaz que teve uma lesão medular há 5 anos, vítima de um acidente de moto.
Por enquanto a máquina só é vendida no centro da Rex Bionics, em Auckland, Nova Zelândia. Os inventores dizem que deverá estar disponível em outros países a partir de 2011, mas os planos ainda não incluem o Brasil.
Agora, a parte mais dolorida: mandei um email para a fábrica pedindo informações sobre custos e a resposta foi desanimadora. Atualmente, o Rex custa US$ 150.000 (quase R$ 270.000). Além disso, a pessoa terá que arcar com as despesas para viajar e ficar em Auckland por 2 semanas, fazer todos os exames médicos necessários e, se aprovada, fazer o treinamento para aprender a usar a máquina.
Depois de ver os vídeos, é difícil não querer utilizar esse dispositivo. Mas a vanguarda tecnológica tem seu preço.
Cabe a cada um responder: vale a pena?
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